
Os momentos mais dolorosos e desafiadores da vida são aqueles em que uma expetativa sobre o nosso “desejo”/sonho, de que algo aconteça como queremos, esperamos e para a qual lutamos, se revela falhada. A vontade e o desejo de que algo aconteça como projetamos, acaba por se revelar uma frustração sem solução, gerando uma grande desilusão. O que nos leva a desacreditar da vida, das pessoas e às vezes até a desacreditar de Deus. Acabamos por perceber que já não dá para esperar que acontecimentos externos, de fora, possam algum dia preencher a nossa necessidade de valorização, reconhecimento, de preencher o vazio interno ou até dar um sentido maior à vida.
Quando isso acontece, “somos obrigados” (se quisermos fugir a um desequilibrio emocional e/ou psiquico) a fazer um recolher interno e questionar todas as nossas verdades, perspetivas de felicidade e realização. Acabando por entender que buscar fora de nós o preenchimento do nosso vazio interno, não é o caminho adequado para gerar paz interior. Obrigando-nos assim procurar dentro de nós, os nossos recursos internos para fazer um percurso diferente e que traga mais harmonia. Aceitando perder, fazendo uma rendição ao que a vida traz, e terminando por decidir construir um jardim interno para conquistar a paz vinda de dentro e sem depender de coisas que estão fora do nosso controlo.
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